Foto: Divulgação – Ministério Público do Trabalho

Por Josué Amador|

Na semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, o CRA-RJ reafirma seu compromisso de atuar na conscientização de profissionais, organizações e sociedade em geral para a promoção de condições dignas nos ambientes laborais. O Conselho é signatário do Pacto Global da ONU que, entre seus objetivos, busca eliminar ‘todas as formas de trabalho forçado ou compulsório’, além de ser conveniado à Organização Internacional do Trabalho.

Para o presidente do CRA-RJ, Adm. Wallace Vieira, os Conselhos profissionais têm papel fundamental na busca por condições laborais dignas.

“O Conselho é contra qualquer postura discriminatória, que agride mulheres, homossexuais e outras minorias. Também somos contra o trabalho infantil e toda forma de trabalho escravo ou análogo à escravidão. E o CRA-RJ, pelos seus compromissos no mundo da ética, da moral, e de organizações como o Pacto Global, do qual somos signatários, e OIT, que também atua contra a exploração de mão de obra infantil e escrava, celebra o combate ao trabalho escravo no Brasil”, disse.

De acordo com dados do Radar da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, 1.054 pessoas foram ‘resgatadas de situações análogas de trabalho escravo’ em 2019. A ação é resultado da fiscalização realizada em 267 locais, dos quais 111 tinham pessoas em condições análogas à escravidão. Ainda segundo as informações do órgão, os indivíduos resgatados ‘receberam um total de R$ 4.105.912,05 em verbas salariais e rescisórias e 915 contratos de trabalho foram regularizados’, destaca a matéria publicada no site do Ministério do Trabalho.

O presidente do CRA-RJ destaca ainda o papel fundamental do profissional da Administração no combate a esse tipo de condição trabalhista e na promoção de um ambiente laboral com condições mais justas.

“Eu considero que o profissional da Administração tem a atuação mais próxima dos 10 Princípios do Pacto Global, porque o contato ligado à responsabilidade social ocorre por meio das atividades que o Administrador desenvolve. Por exemplo, o Administrador tem subordinada a si uma área de gestão de pessoas, ou de RH, e a política de qualidade de vida profissional. Ele também tem que se preocupar com o que se passa além das fronteiras da organização”, ressaltou o Adm. Wallace Vieira.

O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo ocorre todo dia 28 de janeiro, com ações concretas de conscientização durante toda a semana. A data foi instituída pela Lei nº 12.064, de 29 de outubro de 2009, e também é uma forma de homenagear os auditores-fiscais do Trabalho Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e o motorista Ailton Pereira de Oliveira. Eles foram mortos em 28 de janeiro de 2004 quando se deslocavam para uma inspeção em fazendas da região de Unaí (MG), no que ficou conhecido como a “Chacina de Unaí”.