Por Josué Amador | 

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou, nesta manhã (07) a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 51/2017, que tem o objetivo de isentar “consoles e jogos para videogames produzidos no Brasil” dos impostos em todas as esferas governamentais. O texto prevê a alteração do inciso VI do artigo 150 da Constituição Federal, que proíbe a cobrança de impostos por parte da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios sobre determinados segmentos, como templos religiosos, livros, jornais e CDs e DVDs nacionais.

De iniciativa popular, o projeto pode dar uma reviravolta no mercado dos games no Brasil, gerar empregos e aquecer a economia, conforme defende o especialista em tecnologia e startups Adm. Diego Braga. Ele também afirma que a proposta é boa e traz diversos benefícios embutidos, que serão percebidos ao longo do tempo, levando o país a um crescimento real.

“A indústria [dos games] é bilionária, isso no mundo todo. Quando a gente traz para o recorte do Brasil, o país é o terceiro maior consumidor de Games [a nível mundial] e o que a gente pensa é o que o consumidor está fazendo a economia girar quando, na verdade, não. O que os consumidores, de fato, compram é de origem ilícita, através da pirataria, e a proposta da PEC é justamente para que essa realidade deixe de existir e que os produtos sejam originais e que o imposto seja recolhido depois, por meio de vendas e empregos sendo gerados”, exemplificou Braga.

Uma vez que os consoles também deverão ser desenvolvidos em território nacional para serem abrangidos, a PEC 51/2017 se apresenta como um incentivo à inovação e tecnologia e à criação de mais startups. Nesse cenário, o profissional da Administração, devidamente capacitado pode se destacar, aproveitando a oportunidade mercadológica em plena Era Digital, defende Braga.

O Adm. Diego Braga ainda comentou a postura do CRA-RJ em ofertar educação continuada gratuita aos seus registrados, por meio da Universidade Corporativa do Administrador, inclusive em áreas de tecnologia. Cursos como Lógica de Programação, Configuração e Manutenção de Redes e HTML5 E CSS3 são alguns exemplos das possibilidades disponíveis, o que levou Braga a considerar ‘que o CRA do Rio de Janeiro é precursor em fomentar esse tipo de ensino’.

“A gente sabe que a startup não necessariamente tem que ser tecnológica, mas se ela não tiver nenhuma tecnologia está fadada a não ter excelência nas suas operações. Mas formular aplicativos não garante sucesso, é preciso ter gestão. Quando se chama um Administrador para o dia a dia de uma startup, ele vai lidar justamente com todo esse leque de oportunidades que o CRA está oferecendo, porque ele tem que, necessariamente falar a língua dos programadores, entender e solucionar o gargalo”, disse o especialista”, disse.

Agora, o texto da PEC 51/2017 segue para votação em 1º turno do Plenário e precisará de pelo menos 308 votos favoráveis para ir à votação em 2º turno na Casa. Na Rádio ADM RJ, você pode conferir uma entrevista completa como Adm. Diego Braga sobre este tema.