Tânia Rêgo/Agência Brasil

Por Josué Amador – Jornalista

Uma semana após o anúncio de redução do ICMS sobre querosene de aviação pelo Governo de São Paulo, a Secretaria da Fazenda do Estado Rio de Janeiro ainda está ‘analisando o tema’, sem definir ações concretas, de acordo com informações da Assessoria de Comunicação do Órgão.

Apesar de o governador João Dória descartar a intenção de gerar uma guerra fiscal, a consequência é praticamente inevitável, uma vez que desperta o interesse das empresas por migrar parte de suas atividades para o território paulista, desacelerando a economia ligada ao transporte aéreo nas Unidades Federais circunvizinhas.

Para o Adm. Wagner Siqueira, conselheiro federal pelo Rio de Janeiro, João Dória não está errado em fazer essa manobra, pois o fluxo de aeronaves vai aumentar consideravelmente e movimentar outros setores da economia, o que beneficiará bastante o seu Estado. No entanto, ele alerta que o Governo fluminense não deveria ficar inerte a tal fato, sob risco perder em muitas áreas, inclusive no turismo.

“Junto com os aviões, vêm os passageiros. Com os passageiros, vêm os empregos e ativa efetivamente a realidade econômica de São Paulo. Se o Rio de Janeiro não tomar providências imediatas, de reduzir também a sua alíquota de combustível de aviões, vamos perder o número de passageiros, de aviões e, mais ainda, o processo de esvaziamento do Galeão e do Santos Dummont vai se realizar”, disse Siqueira.

A redução dessa alíquota em São Paulo fará com o que p Estado deixe de arrecadar cerca de R$ 205 milhões, mas a expectativa é que haja uma compensação de 154% em cima desse valor, ou seja, R$ 316 milhões, por meio de outras fontes diretas, indiretas, induzidas e catalisadas.

Assista ao pronunciamento do Adm. Wagner Siqueira sobre o assunto no novo vídeo do canal ‘Ponto de Vista’ na CRA-RJ Play.