Por Gleici Monteiro
Sob orientação de Érika dos Anjos|
A 13ª edição da Pesquisa Aon de Benefícios, realizada com mais de 800 empresas, revelou os impactos da pandemia nas práticas de RH, novas tendências de trabalho, além de um maior compromisso das organizações com questões sociais e de governança. Segundo os especialistas responsáveis pelo estudo, os resultados obtidos indicaram um fortalecimento de tendências que já eram observadas nos últimos anos.
A Aon é uma empresa multinacional britânica que atua com gerenciamento de riscos, corretagem de seguros e resseguros, soluções de recursos humanos e terceirização de serviços. Há 17 anos, a operação brasileira da empresa realiza a Pesquisa Aon de Benefícios, um estudo completo e abrangente sobre os benefícios que as empresas oferecem aos seus colaboradores. Segundo os organizadores, o objetivo principal da pesquisa é “identificar os movimentos no setor de benefícios e ajudar as organizações a tomar decisões para atrair e reter talentos com base em dados, referências de mercado e inteligência, pois cada vez mais, as empresas enxergam que as pessoas têm um impacto direto nos resultados”.
Na edição publicada em setembro deste ano, foram ouvidas 808 empresas nacionais, de 30 segmentos distintos, sobre a oferta de dezenas de benefícios. De acordo com os resultados, dentre os benefícios mais oferecidos pelas organizações, três continuam sendo predominantes em grande parte delas: o plano de assistência médica, oferecido por 98,9% das empresas pesquisadas; o seguro de vida, com total de 94,2%; e a assistência odontológica, ofertado por 91,7% das empresas.
Trabalho remoto e flexibilidade na jornada de trabalho
Sobre o trabalho remoto, tendência que ganhou espaço durante a pandemia, a pesquisa mostrou que 73,3% das empresas possuem políticas de trabalho remoto implantadas. Um crescimento de 52 pontos percentuais em comparação com a edição anterior do estudo. Além disso, 54,7% das empresas entrevistadas indicaram intenção de manter, de dois ou três dias da semana, o trabalho em regime remoto mesmo após o fim da pandemia, pois observaram um aumento significativo na produtividade dos colaboradores. A flexibilidade na jornada de trabalho também apresentou um aumento significativo. Do total de empresas pesquisadas, mais da metade (50,2%) oferecem horário de trabalho flexível a pelo menos algum grupo de colaboradores.
Diversidade e inclusão
Outro fator que ganhou destaque no estudo, foi o aumento no número de empresas engajadas na promoção da diversidade e inclusão de minorias em suas equipes. Ao todo, 39,7% das organizações trabalham com estratégias corporativas e programas de atração, retenção e ascensão profissional de mulheres, negros, pessoas LGBTQIA+, portadores de deficiência e outras minorias.
Saúde e bem-estar
Devido ao avanço e agravamento da pandemia de Covid-19, 47% das empresas optaram por investir em programas de saúde, bem-estar e qualidade de vida para seus trabalhadores. Em dois anos, o percentual de empresas que passaram a oferecer esse tipo de benefício dobrou, passando de 28% para 59,7%. Programas de atenção à saúde mental e telemedicina ganharam destaque no estudo, segundo o vice-presidente de Health and Retirement Solutions da Aon Brasil, Leonardo Coelho, sendo implementados por 44% e 72,2% das empresas pesquisadas, respectivamente.
Em setembro, mês do Profissional de Administração, o CRA-RJ realizou uma série de estreias diárias de entrevistas, palestras e bate-papos sobre os mais diversos temas do mundo da gestão. Dentre os assuntos abordados por especialistas estão O Papel do RH na Inclusão e Responsabilidade Social, Os Desafios do Trabalho Remoto Feminino, Prevenção de Suicídio nas Organizações e diversos outros temas pertinentes para profissionais e empresas.
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