Pela estagiária Bárbara Gouvêa
Sob supervisão de Érika dos Anjos

As mulheres que participam do LinkedIn estão cada vez mais relatando casos de assédio na plataforma, seja por colegas de trabalho, seja por desconhecidos. A rede social, que é destinada para procura de emprego e assuntos profissionais, está sendo confundida e mal interpretada por parte de seus usuários. Tanto, que a partir de um post sobre essas abordagens viralizou a hashtag “#LinkedInNãoéTinder”, com o intuito de relatar casos de impertinência.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14,9% da população feminina no país está sem trabalho. O desemprego a longo prazo atinge mais fortemente as mulheres: entre elas, 28,8% procuram emprego há pelo menos dois anos, contra 20,3% dos homens desempregados. E o LinkedIn reúne milhões de profissionais e empresas em busca de empregabilidade para auxiliar na diminuição desse número.

“LinkedIn não é exatamente sobre amigos. O LinkedIn é uma rede social profissional que visa network, empregos e negócios. É uma grande vitrine profissional e uma oportunidade de conexões inspiradoras e de trabalho com pessoas e empresas em que gostaria de trabalhar e estudar”, ressalta a Adm. Maura Xerfan, especialista em redes sociais.

Para a Administradora, os usuários devem utilizar as redes socais da mesma forma que faria pessoalmente, ou seja, não publique algo que não faria ao vivo.

“Do online para o offline muda a plataforma, mas você deve preservar seus valores e sua imagem”, disse Xerfan, ressaltando ainda que, infelizmente, há casos de assédio no LinkedIn, mas que a plataforma não tolera esse tipo de comportamento.

“Quando eu ouvi isso pela primeira vez me mostrei incrédula, mas sim, existe assédio no LinkedIn. As pessoas confundem o espaço virtual ‘sem fronteiras’ com o ‘sem limites’ e ultrapassam os ‘bons costumes’. Claro que a rede não ficou indiferente a isso e mostrou que não tolera assédio criando ferramentas de bloqueio e denúncia que protegem a vítima”, observa a Administradora, complementando que o LinkedIn é uma rede social onde as boas práticas estão associadas aos princípios corporativos, mesmo que tenha a flexibilidade e diversidade de uma plataforma online.

Como evitar

De acordo com o artigo “Diga não ao assédio na rede LinkedIn” da especialista Luciane Borges, é possível realizar ações para evitar esse tipo de aproximação, como:

  • Analise em profundidade quem você está aceitando ou convidando para participar da sua rede. Visite o perfil da pessoa e perceba o nível de posts ou publicações costumeiras;
  • Evite se conectar com perfis sem foto, recém-criados, com baixo número de conexões;
  • Verifique, em especial, perfis com os quais não haja conexão em comum e, além de bloquear o perfil de quem esteja usando a rede indevidamente, denuncie-o […] um perfil que recebe inúmeras denúncias tem mais chance de receber intervenção da rede ou até mesmo ser bloqueado.

Além do LinkedIn, os profissionais e estudantes registrados no CRA-RJ podem utilizar a Rede Social Corporativa, ferramenta exclusiva do Sistema Integrado de Fiscalização e Autoatendimento que visa a criação de network e troca de ideias profissionais entre os usuários. Acesse sistemacrarj.com.br e confira!