Por Érika dos Anjos|

Há 56 anos, em 17 de janeiro de 1968, a Resolução Normativa 02/68 da Junta Executiva do Conselho Federal de Técnicos de Administração (atual CFA) decretou a instalação de 10 Conselhos Regionais de Técnicos de Administração (CRTA), dentre eles o atual CRA-RJ, que na época era o CRTA – 7ª Região, composto pelos Estados da Guanabara, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

A profissão havia sido regulamentada há pouco mais de dois anos com a Lei 4769/1965, após muitas reivindicações de um grupo integrado por profissionais dos setores público e privado, dirigentes de organizações, docentes e formandos das IES de ensino da Administração, entidades de classe e associações representativas da profissão. A luta sempre encabeçada pelo Adm. Belmiro Siqueira, que viria a tornar-se o Patrono da Profissão.

No entanto, antes de efetivamente começar a atuar como entidade fiscalizadora da profissão, o CRTA – 7ª Região regida por uma Junta Executiva Regional para promoção das medidas preparatórias à execução da Lei nº 4.769 antes da eleição e posse dos primeiros conselheiros regionais.  A instituição desta junta aconteceu no dia 9 de fevereiro de 1968 e contou com 13 profissionais de diversos órgãos, como Faculdade de Administração e Finanças da Universidade do Estado da Guanabara, Associação Brasileira de Técnicos de Administração, Fundação Getúlio Vargas, Ministério do Planejamento e Coordenação Geral e Associação Brasileira de Bacharéis em Administração. Com isso, apenas em 2 de janeiro de 1969, foi dada a posse dos primeiros representantes da classe em cerimônia no Palácio do Trabalho.

A primeira sede do CRTA – 7ª Região foi em uma sala no Ministério do Trabalho do Rio de Janeiro e o primeiro presidente eleito foi o Adm. Albino Nogueira de Faria. Somente na década de 80, foi conseguida a emancipação do atual Conselho Regional de Administração do Espírito Santo, que se deu em decorrência da luta dos Administradores dos dois estados pela autogestão capixaba. Segundo as palavras do presidente da época, Adm. Wagner Siqueira, o fato de os espírito-santenses serem representados junto com os fluminenses prejudicava o fortalecimento da identidade local, diluída entre um grupo maior. Assim, primeiro foi criado um Conselho Provisório e depois de mais esforços, o Espírito Santo se tornou o CRTA – 14ª Região.

CRA-RJ: há 56 anos ao lado dos Profissionais de Administração do Rio de Janeiro.