A ética é um tema que permeia todos os processos e, diante disso, o XXVI Encontro Brasileiro de Administração termina o seu grande evento com a palestra “As tecnologias da ética: não delegue a terceiros”, ministrada por Antônio Carlos A. Teles, Fernando Yarussi e Rogéria Giemerek, com Edmundo Maia de Oliveira Ribeiro, professor da FGV Projetos, como presidente de mesa.

“É muito importante percebermos a delicadeza de colocar um painel sobre ética para fechar um evento como esse, já que ela permeia todos os processos”, salientou Edmundo Maia abrindo o painel.

Para Antônio Carlos, se as organizações não possuem cultura consciente, não tem como criar ética. Teles ainda ressaltou que a ética se transformou numa vantagem competitiva, pois traz parceiros mais confiáveis.

“Nesse mundo de alta velocidade, as tecnologias dão visibilidade a tudo que acontecer. Um fato que seja antiético circula por todo o planeta e as organizações são desafiadas a dar respostas rápidas”, disse o palestrante, ressaltando também que ética, cultura e governança devem estar alinhados.

Fernando Yarussi ressalta que as tecnologias são fundamentais para gerenciar operações e, com sistemas conectados, facilita o controle de ética dentro da organização. O palestrante disse também que não vai ser o compliance que vai garantir a ética nas organizações e a ética está permeando os processos tecnológicos, pois ele está inserido nesse processo.

“O problema da tecnologia, como qualquer outra coisa, tem um viés, o limiar desse lado bom e ruim. Quem vai servir de balizador é o humano, que está com a ética. […] Nós, da Administração, temos que fazer uma parceria com a área de tecnologia para que eles entendam a lógica do negócio, porque se eles não entenderem como nós, não teremos como mitigar um risco dentro do sistema”, realçou Fernando.