Por Bismark Alves
Sob supervisão de Érika dos Anjos|

 

No Dia do Profissional de Administração, 9 de setembro, foi realizado na sede do Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro, o XV Encad (Encontro de Administradores) para celebrar a data e reunir diversos profissionais da área para a realização de palestras e debates. O tema principal do evento foi “Desafios e avanços da agenda ESG nas organizações”, assunto de enorme importância no mundo empresarial, que engloba temas como sustentabilidade, ética e inclusão. E esta é a dica especial do #TBT do CRA-RJ de hoje! Você pode assistir ao evento completo aqui ou acompanhar cada um dos painéis nos links abaixo.

O presidente do CRA-RJ, Adm. Leocir Dal Pai, aproveitou a abertura do evento para parabenizar os Administradores pelos trabalhos realizados em diferentes áreas da profissão.

“Tenho muito orgulho do legado que está sendo deixado para a sociedade, fruto do trabalho árduo e diário de cada um de vocês, em seus postos de trabalho, nas salas de aula e em cada lugar que conseguem demonstrar a importância da gestão profissional para o desenvolvimento de cada organização, seja ela pública, privada, microempresa ou multinacional”, declarou Leocir, que também ressaltou sobre a importância do debate sobre a Agenda ESG e a relevância que a sustentabilidade empresarial tem adquirido dentro das instituições. 

A primeira palestra do XV Encad, que teve como tema “A gestão ambiental como diferencial competitivo para as empresas”, foi realizada pelo Tecnol. Edson Sanromã e pelo Adm. Diego Carbonell. Mediado pela Adm. Mara Biasi, conselheira do CRA-RJ, o tema serviu para falar sobre sustentabilidade no mundo empresarial e a sua relação com o ESG. 

“A definição de gestão ambiental feita pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente é uma definição nova, de 20 anos, e engloba questões como as emissões, tema que está em alta agora, no qual muita gente trata como mudança climática mas eu prefiro tratar como emergência climática, pois não é um assunto das próximas gerações. Então basicamente quando falamos de gestão ambiental, a gente tá falando de uma adoção de um sistema de Administração, com foco em sustentabilidade, que não é só ligada a parte do meio ambiente, mas também sobre a perpetuidade da empresa”, apontou Carbonell, esclarecendo o conceito de gestão ambiental. 

O Tecnol. Edson Sanromã, responsável pela Coleta Seletiva da cidade do Rio de Janeiro, aproveitou o tema para falar sobre o trabalho de coleta realizado pela Comlurb, e os impactos de resíduos em áreas urbanas.

“Quando falamos sobre o ESG, o social está muito ligado ao ambiental. Basicamente as áreas urbanas estão ligadas ao resíduo, e este resíduo está ligado totalmente ao social, e a gente consegue ver isso de uma maneira mais clara quando estudamos o seu caminho e o que ele pode proporcionar. Eu fiz uma pesquisa com alguns síndicos de condomínio, e eu perguntava se eles sabiam qual era o dia que passava a coleta seletiva na rua deles, e 95% não sabia o dia que passava”, destacou Edson. 

A segunda palestra teve como tema “Responsabilidade social nas empresas – pequenas ações que fazem a diferença”, e foi ministrada pelo Adm. Júlio Loureiro, sob mediação da Adm. Rosângela Arruda, conselheira do CRA-RJ. Mestre em Administração, o professor fez reflexões sobre o ESG e destacou as pequenas ações como uma prática já realizada no cotidiano.

“O que vai ser discutido hoje fala muito de pequenas ações, que muitas vezes já praticamos de forma despercebida, mas que podem ser observadas com um novo olhar, e a partir daí ter um novo significado. Quando pensamos no ESG nas organizações, a gente pensa em três pilares: meio ambiente, social e governança corporativa. Ele é o plano A, junto do nosso planeta e da nossa casa, e temos totais condições de fazer toda a diferença”, refletiu Júlio. 

O tema “Governança, compliance e integridade – linha de defesa organizacional” foi o assunto da terceira palestra do Encad, mediada pela Adm. Renata Motta, e realizada pelo Adm. Jose Francisco de Carvalho e pelo Adm. Leonardo Faletti, que falaram sobre os temas relacionados à Governança em estruturas de um jogo de futebol.

“Todas as nossas organizações se situam num campo de jogo. Vocês devem estar bastante acostumados com essas duas siglas: ESG e VUCA. O VUCA é o grande confrontador das organizações hoje em dia. É um ambiente volátil, incerto, complexo e ambíguo, que as organizações vão enfrentar de acordo com a sua realidade, tamanho e ramo de atuação. Então o grande ofensor das organizações contemporâneas é o próprio ambiente em que elas se situam”, afirmou o doutor em Ciências da Administração, Adm. Jose Francisco de Carvalho.

Para o Adm. Leonardo Faletti, a integridade precisa ocorrer em paralelo à integridade dos cidadãos: 

“Quando a gente fala de integridade, precisamos garantir que nas organizações a própria integridade ocorra como normalmente falamos dela em relação aos cidadãos. Ou seja, eu tenho que ter integridade, ser uma coisa única, ter congruência entre aquilo que eu penso, falo e como atuo nas organizações. A gente precisa ser essa congruência entre todas as ações da organização e o seu ambiente normativo, com respeito às normas externas do segmento a qual a organização está inserida”, ressaltou Leonardo. 

O encerramento do XV Encad foi realizado pelo Adm. Wagner Siqueira, Conselheiro Federal do CRA-RJ, que realizou uma palestra com o tema central do evento, intitulada “A agenda ESG nas organizações”. O administrador aproveitou o encerramento para falar sobre as constantes revoluções que aconteceram na história do Brasil, e que refletem nos dias atuais e no futuro das organizações.

“A gente está vivendo no mundo do Google e trabalhando com tabela Excel ainda. Essa é a capacidade dos gestores públicos e dos gestores de imprensa também, que não estão percebendo as mudanças que estão ocorrendo. Vocês acham que quando Gutenberg começou a transformar a imprensa, as pessoas que estavam acompanhando não percebiam o que estava acontecendo no mundo? Ou quando os revolucionários de 1789 sabiam o que estava acontecendo com liberdade e fraternidade? Eles estavam passando fome”, questionou Wagner. 

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