Por Marcel Oliveira
Sob supervisão de Érika dos Anjos|

Membros da Comissão de Recuperação Judicial, Falência e Perícia do CRA-RJ apresentaram o tema “O papel estratégico dos administradores de empresas na recuperação judicial” na 4ª edição do International Insolvency Law Conference. Os profissionais Adm. Rejane Magalhães, coordenadora da Comissão, MSc. Gilberto Braga, Adm. Luiz Henrique Fernandez, Adm. José Carlos Freitas e Adm. Anderson Freire discutiram o assunto em evento realizado no Youtube.

A Adm. Rejane Magalhães iniciou trazendo a importância do Administrador nos trâmites da recuperação judicial.

“Precisamos entender que os Administradores, os Profissionais de Administração, participam de todo processo de recuperação judicial. Quando vamos entrar com o pedido de recuperação, precisamos de todas as informações da empresa e quem pode passar essa informação para o corpo jurídico, de modo que ele consiga transformar em uma peça técnica, é o Administrador”, explicou.

Em seguida, quem falou foi o coordenador adjunto Adm. Anderson Freire, que abordou o cenário atual dos negócios, a reestruturação da empresa e o papel do mediador.

“O cenário pós-covid é de incertezas, a gente não consegue fazer um planejamento, o ambiente externo tem sido bem hostil com um conflito de players que são importantes e influenciam o Brasil, principalmente em commodities que auxiliam no processo de produção”, salientou Freire, que também falou sobre a atuação dos mediadores:

“O mediador é um terceiro imparcial, quem decide são as partes, ele apenas identifica alternativas para um benefício mútuo”, concluiu.

Governança

O terceiro a se apresentar foi o MSc. Gilberto Braga que trouxe perícia e governança corporativa na recuperação judicial, assim como o trabalho do Administrador como perito financeiro.    

“Lembrando que durante o pedido de recuperação, o Administrador  Judicial vai opinar sobre uma série de créditos, diretamente como perito da recuperação ou como parte da equipe de administração judicial, então temos visto, dependendo do juízo, os dois modelos”, expôs Braga.

O Adm. Luiz Henrique Fernandez retratou o tópico “Transparência na comunicação das empresas em recuperação judicial com os Stakeholders”.

“Adentrando na recuperação, temos dois eventos importantes a falar: onde colocamos a questão da transparência de forma clara e premissas realistas. À medida que você tem transparência e informação clara, você viabiliza e passa por esse processo de forma mais tranquila”, garantiu.

Para a última palestra do painel, o Adm. José Carlos Freitas trouxe a utilização do precatório para viabilizar o pagamento da dívida fiscal de empresas em recuperação judicial ou extrajudicial, demonstrando as vantagens de se entrar com pedido de recuperação judicial.

“A primeira é a suspensão temporária da dívida, o que é um fator interessante porque protege a companhia. O segundo movimento é o alongamento e deságio da dívida, além da possibilidade da entrada de créditos através da venda de ativos, e por fim a renegociação junto a PGFN”, explicou o Administrador.

Para assistir ao painel na íntegra clique aqui.