Por Marcel Oliveira
Sob supervisão de Érika dos Anjos|

O 32° Encontro de Professores e Coordenadores de Cursos de Administração (Eprocad) aconteceu no auditório Adm. Gilda Nunes, na sede do Conselho, e também com transmissão ao vivo pelo canal do Youtube contando com mais de 1.000 visualizações. O evento teve como tema central o “Ensino e extensão em perspectiva”.

Durante a abertura, o diretor de Educação, Estudos e Pesquisas do CRA-RJ, Adm. Jucimar Secchin, falou da alegria de receber os presentes e da importância do Eprocad.

“Trata-se de oportunidade ímpar para que possamos compartilhar nossas realidades acadêmicas com a de nossos colegas muito bem preparados e experientes, que nos trarão relatos das Escolas de Negócios em nosso estado”, afirmou.

Em seguida, o presidente do CRA-RJ, Adm. Wagner Siqueira, saudou todos que ali estavam de forma remota ou presencial e trouxe algumas reflexões acerca do papel do professor nas instituições de ensino.

“A circunstância transforma o professor numa vocação para mudança e não para manutenção do status quo, para transformação social do indivíduo como pessoa”, salientou o presidente também abordando a discussão eficácia x eficiência e ressaltou a importância do profissional se manter atualizado e se aperfeiçoando.

Educação aliada a tecnologia

Dando início às palestras, o Adm. Antonio Carlos Kronemberger, gerente de Educação do Sebrae, abordou como reduzir os conflitos e melhorar a comunicação com os alunos em sala de aula em tempos de presencial, online, blended e híbrido.

“Temos que reconhecer a importância da tecnologia na educação, assim como em tudo. Ela tem desempenhado papel importante e vem transformando a forma como ensinamos e aprendemos”, reconheceu Kronemberger, que ainda explicou a necessidade de ampliar a zona de conforto, a fim de passar pelos 3Cs da mudança:

“Mudar pela Conscientização, porque vai ser Conveniente e assim não vamos passar Constrangimento”, disse.

Mesa-redonda

Já os professores Anderson Marques Duarte, coordenador de Extensão da Unifeso, e o Adm. Márcio Dutra, coordenador do Curso de Administração do Ibmec, realizaram uma rodada de debates sobre atividades extensionistas nos cursos de Administração e gestão tecnológica, que foi mediado pela Prof.ª Ana Shirley França, conselheira do CRA-RJ.

“O projeto chamado ‘Proteger Teresópolis’ nasce dessa dor das enchentes que ocorreu há mais de uma década e pouco havia sido produzido em termos de conhecimento a respeito dessas áreas e se tornou uma ferramenta de muito sucesso com a população”, exemplificou Marques.

Já o prof. Márcio Dutra, ressaltou que projetos extensionistas possuem real importância na vida acadêmica dos alunos.

“A partir do momento que você coloca o aluno visitando empresas, fazendo pequenas  inserções, vendo como a política de certa empresa funciona, como é sua gestão, ele está aprendendo e podendo contribuir”, relacionou Dutra.

A tecnologia e seu impacto na formação do profissional

Na palestra seguinte, o professor da ESPM Ney Wagner falou sobre o uso da tecnologia na Administração.

“Essa geração de jovens Administradores está muito acostumada com a tecnologia, mas não está preocupada com as soft skills, de lidar e falar com pessoas e isso me preocupa muito”, desabafou. Em outro momento, Ney falou sobre Small e Big Data, enfatizou a  importância do estudante saber a área que deseja atuar e não seguir apenas o mercado, além de mostrar algumas possíveis tendências nos cursos de Administração nesta área.

Novas diretrizes curriculares

Após a palestra, o Diretor de Planejamento e DI do CRA-RJ, Adm. Luiz Cezar Vasques, mediou o debate com os professores Renato Bittencourt da UFRJ e Edson Sadao, presidente da Angrad.  O debate foi acerca das novas Diretrizes Curriculares do curso de Administração.

Renato falou da importância de conciliar expertise de mercado com as pautas socioambientais.

“É necessário para que ocorra o progresso sustentável, o progresso humano, como um todo é a mudança na qualidade de vida. Isso é importante, por exemplo, porque a Síndrome de Burnout já existia antes da pandemia e agora aumentou ainda mais”, afirmou.

O presidente da Angrad fez algumas reflexões sobre o mercado de trabalho e exemplificou profissões que podem ser substituídas pela tecnologia, afirmando ainda que nos próximos 10 anos, cerca de 40% dos trabalhos serão automatizados pela tecnologia.

“É preciso que estejamos preparados”, finalizou.

Assista ao evento completo no nosso canal do Youtube.