O Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro promoveu o evento “Administração, Saúde e Cidadania” no dia 3 de dezembro, no auditório Adm. Gilda Nunes – sede do CRA-RJ, por meio da Comissão de Administração em Serviço de Saúde do CRA-RJ. Para compor a programação foram ministradas as palestras “A judicialização da Saúde e seus impactos nas organizações e na sociedade” e “Wellness Coaching: Como melhorar resultados, níveis de realização e felicidade das pessoas e times”.
Os responsáveis por discutir o primeiro tema foram o Dr. Renato Bataglia e a Administradora Andréia Brites. Já a abordagem sobre coaching foi feita pelo Adm. Paulo Matos. O superintendente do CRA-RJ, Adm. Leonardo Fuerth, fez a abertura dos trabalhos realizados.
Fuerth considerou importante o envolvimento de profissionais e estudantes em eventos como esse por se tratar de algo tão relevante à sociedade, seja no âmbito público ou privado. Ele também aproveitou a ocasião para convidar os participantes, presenciais ou online, a participar do XIV Fórum Internacional de Administração.
“A programação é extensa. Serão três dias de discussões sobre seres humanos, tecnologias, inovações, ambiência do ambiente entre outros assuntos. Um panorama muito rico para que os Administradores possam conhecer e refletir sobre de onde nós viemos, onde estamos e para onde vamos nestes próximos 50 anos”, declarou Fuerth.
Em sua participação, Bataglia abordou questões ligadas às ações judiciais no meio da saúde. De acordo com médico, há situações onde o paciente consegue obter atendimento apenas quando aciona a justiça.
Ele ainda afirmou que os custos com os procedimentos jurídicos são mais altos do que o atendimento digno e sem burocracia. De acordo com ele, o setor da também vive um problema ético, que precisa ser revisto.
“A deterioração da saúde pública vem de 30 anos para cá, pelo menos. O quadro atual não é um problema unicamente do Governo em exercício agora. Infelizmente, ao logo dos anos, o Estado não tem conseguido acompanhar o crescimento populacional. A demanda é muito maior que a oferta de serviços de saúde”, enfatizou o médico.
Já a Brites considerou que é necessário a atuação de cada profissional em sua área específica e que tal caos na saúde é falta de gestão eficiente. Para resolver este problema, o Administrador precisa conhecer o sistema de saúde e desempenhar seu papel com responsabilidade social. Mas infelizmente outros profissionais acabam usurpando uma área que lhes não é comum.
Na segunda parte do evento, o Administrador Paulo Matos abordou um tema que está em alta na contemporaneidade: O coaching. De acordo com Matos, o principal objetivo do Coach é conduzir seu cliente ao autoconhecimento e a partir dali à solução do problema apresentado. Ele ainda ressaltou que as sessões realizadas não têm características psicoterápicas. Além disso, o importante não é focar nos pontos fracos da pessoa atendida, mas sim no que ela tem mais potencial.
“Uma proposta que faço a todo mundo é: ‘descubram o que fazem bem ou quais as melhores competências que possuem’. Com isso as chances de obter sucesso são muito maiores. Mas, para tanto, é preciso dedicação, comprometimento, seja de quem aplica o método ou de quem recebe as orientações”, definiu Matos.
O palestrante ainda explicou que há também o coaching de negócios. Neste caso o serviço é contratado por uma empresa para ser desenvolvido com os gestores que ocupam cargos mais elevados dentro da organização.