Os diretores da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abecomm), Rodrigo Bandeira Santos e Walter Aranha Capanema, e o superintendente do CRA-RJ, Adm. Leonardo Fuerth, conversaram com a Rádio CRA-RJ sobre a cobrança antecipada dos boletos bancários, autorizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), e que deverá entrar em vigor a partir de 1º de janeiro de 2017. No entanto, desde junho do ano passado, o CRA-RJ está posicionado contra tal medida que irá onerar empresas e consumidor final.
De acordo com Rodrigo Bandeira do Santos, a Abecomm entende que hoje o comerciante virtual já tem uma série de encargos e despesas e não cabe essa despesa extra em relação a um boleto emitido, sem nem ter sido pago.
“Sem haver a garantia da quitação, sem a certeza de receber o pagamento não há como haver essa cobrança, que é muito onerosa, fora do contexto”, analisa o diretor, que, também acredita que a taxa não frearia o crescimento do setor, mas se reverteria em prejuízo para o consumidor final.
Já Walter Aranha Capanema, diretor-jurídico da Abecomm, garante que esse tipo de cobrança viola a boa-fé objetiva e onera todos os envolvidos.
“O boleto, que hoje em dia é uma das formas mais usadas no pagamento online, vai ficar mais caro e provavelmente desaparecer”, salienta Capanema.
Para as empresas, a cobrança registrada gera um custo extraordinário em cima da expectativa de receita.
“Essa prática irá elevar mais uma vez o custo Brasil. Por isso, o plenário do CRA-RJ se associou à Abecomm para mostrar à sociedade brasileira o custo que surgirá em 1º de janeiro de 2017”, afirmou o superintendente do CRA-RJ, Adm. Leonardo Fuerth, lembrando ainda que as organizações estão se associando e buscando expedientes jurídicos para tentar reverter esse quadro, que pode gerar um grande prejuízo para empresas, consumidor final e para o Administrador, que deverá lidar com a questão nos seus postos de trabalho.
Acesse a Rádio CRA-RJ e ouça a entrevista na íntegra.