Por Érika dos Anjos |

Continuando a série de matérias sobre o ‘Outubro Rosa’, o Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro entrega hoje às pessoas jurídicas uma peça publicitária exclusiva sobre a importância da campanha e da mamografia para serem enviadas aos seus funcionários. Você pode baixá-la em alta resolução aqui (a peça pode ser enviada por e-mail ou ser impressa e afixada nos murais da empresa). Além disso, mostrará um panorama da situação do câncer de mama no Brasil com dados e informações coletados pelo Instituto Nacional do Câncer.

De acordo com as últimas estatísticas mundiais do Globocan 2018, foram estimados 2,1 milhões de casos novos de câncer e 627 mil óbitos pela doença. No Brasil, as estimativas de incidência de câncer de mama para o ano de 2019 são de 59.700 casos novos, o que representa 29,5% dos cânceres em mulheres, excetuando-se o câncer de pele não melanoma. Em 2016,  ocorreram 16.069 mortes de mulheres por câncer de mama no país.

Quanto à idade, entre os anos de 2000 a 2010, no Brasil, verificou-se um aumento na idade mediana registrada no momento do diagnóstico: de 53 anos em 2000 para 56 anos em 2010.

As pesquisas epidemiológicas identificaram condições individuais, de estilo de vida e ambientais que aumentam a probabilidade de desenvolvimento do câncer de mama. Alguns fatores de risco, são os hereditários, hormonais e reprodutivos, certos tipos de doença benigna da mama, idade e raça, assim como fatores ambientais ou comportamentais, tais como reposição hormonal, ingestão de bebidas alcoólicas, excesso de gordura corporal, radiação ionizante em tórax e uso de tabaco.

Mamografias

As recomendações para a detecção precoce do câncer de mama incluem o diagnóstico precoce, que consiste em investigação oportuna das lesões mamárias suspeitas, e o rastreamento, que é a realização de exames periódicos em mulheres sem sinais e sintomas da doença. As diretrizes brasileiras para o rastreamento do câncer de mama (INCA, 2015) preconizam a oferta de mamografia para mulheres de 50 a 69 anos, a cada dois anos. As mulheres devem ser orientadas sobre riscos e benefícios do rastreamento mamográfico para que exerçam o seu direito de fazer ou não o exame de rotina.
Dados do Sistema de Informação Ambulatorial do SUS (SIA/SUS) indicam que a produção de mamografias no sistema público, em 2018, foi 4.609.094. A oferta de mamografias de rastreamento no SUS, para a faixa etária de 50 a 69 anos, aumentou em 19% entre 2012 e 2017.

O percentual de mulheres de 50 a 69 anos que informaram ter realizado mamografia nos últimos dois anos nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, de acordo com a Vigitel, de 2011 a 2016, chegou a 78,2%, conforme figura abaixo.