Apesar da área de gestão e marketing esportivo estar crescendo cada vez mais, ainda é cedo para afirmar que a atividade seja devidamente reconhecida e explorada no Brasil. A Rádio CRA-RJ recebeu o ex-atleta, empresário e Administrador Alexey Carvalho para falar mais sobre este tema.
O Administrador Alexey Carvalho fez sua formação universitária nos Estados Unidos, após convidado por treinadores americanos para praticar o esporte no exterior. Diferente da maioria dos atletas que têm uma formação acadêmica e optam por fazer o curso de educação física, Alexey já tinha uma visão empreendedora e escolheu seguir o curso de Administração de empresas com ênfase em marketing na universidade americana. A ideia de Alexey sempre foi se aposentar do basquete e continuar trabalhando com o esporte, mas na área de gestão.
“Vejo uma grande carência desse mercado. Temos excelentes médicos e treinadores esportivos, mas e os nossos dirigentes, eles estão acompanhando esses outros profissionais que trabalham e militam dentro do esporte profissional? Não. Ainda há na cultura brasileira o peso da escolha de conselheiros que estão há anos no clube ou têm peso político para serem os representantes”, afirma Alexey.
O Administrador contou que o espaço no mercado de trabalho para o gestor esportivo é grande, o déficit está na capacitação dos mesmos.
“Não há no Brasil uma graduação específica para essa área. Só vemos ex-atletas atuando como gestores. Não há estagiários no setor de Administração dos clubes, diferente de outros departamentos. Existe uma carência, mas também não há uma preocupação por parte dos clubes de abrir espaço para esses profissionais”, conta o empresário.
O Adm. Alexey Carvalho voltou a frisar que a falha também está no ensino brasileiro voltado para a gestão e marketing esportivo.
“Por que não pensar então, na falta de um curso específico, em uma cadeira ou uma disciplina para essa área? O esporte não tem barreiras, ele é um viés para incentivar a educação e uma grande oportunidade para a demanda crescente de mercado para esses futuros gestores. Espero que as universidades possam abraçar essa ideia, possam ver isso como uma ferramenta a mais dentro das que já existem na estrutura educacional, ou seja, como um empreendimento”, conclui o Administrador.
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