Por Érika dos Anjos|
Resguardar o mercado de trabalho do profissional da Administração é uma das principais missões do Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro. Por isso, somente em 2021, a Fiscalização da instituição já solicitou a impugnação de quatro concursos públicos que, indo contra a Lei 4769/65, não solicitavam o registro para atuação do profissional da Administração ou cargos exclusivos para a área eram abertos a outras profissões.
O concurso da Força Aérea Brasileira (FAB) previa certame para Oficiais da Reserva de 2ª classe, Especialidade Administração, sem exigência de Registro Profissional. No entanto, após o recebimento da impugnação, foi retificado imediatamente o edital.
Já no concurso para Indústria de Material Bélico do Brasil (Imbel) , foi solicitada a impugnação do cargo de Analista Especializado, onde é exigida graduação em Administração e outras graduações, mas não especificava a obrigatoriedade do registro profissional no CRA-RJ.
A questão na Universidade Federal Fluminense é quanto ao Técnico em Administração ou Nível Médio Completo com 12 meses de experiência profissional. A impugnação do CRA-RJ solicita a exclusividade para Técnico da Administração com registro na instituição.
Ainda em Niterói, a Fundação Estatal de Saúde da Cidade (FeSaúde Niterói) lançou edital com vagas para Analista Administrativo com nível superior em qualquer área. No entanto, com funções privativas do Administrador. Com isso, foi enviada a impugnação solicitando exclusividade para Administrador com registro no CRA-RJ. O mesmo vale para o cargo de Assistente Administrativo, onde foi pedido exclusividade para Técnico de Administração devidamente registrado.
No caso dos pedidos de impugnação não serem acatados pela organizadora do concurso, o documento de resposta é enviado para análise jurídica e possível ação na justiça.
Profissão e sociedade
Para o presidente do CRA-RJ, Adm. Leocir Dal Pai, a prerrogativa de trabalho da instituição vai além de resguardar o mercado de trabalho, evitando que profissionais alheios à categoria assumam tarefas privativas do Administrador.
“Queremos não só valorizar e proteger a categoria, como também oferecer à sociedade o exercício qualificado da profissão”, salientou Dal Pai.
Segundo a Adm. Renata Motta Vasconcellos, vice-presidente de Fiscalização do CRA-RJ, “continuaremos nesse caminho buscando proteger e fortalecer os profissionais da Administração”.
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