Por Gleici Monteiro
Sob supervisão de Érika dos Anjos
A população brasileira é uma das que mais investe na abertura de novos negócios no mundo. Segundo estudos sobre a dinâmica empreendedora, o país deve bater recorde no número de empresas iniciais ainda este ano, pois a vocação de inovar do brasileiro torna-se ainda mais evidente em períodos de instabilidade econômica, como o que vivemos atualmente.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, no último dia 27, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) demonstrando que a taxa de desocupação no Brasil é a maior desde 2012. Entre os meses de julho a setembro de 2020, chegou a 14,6%, ou seja, são 14,1 milhões de pessoas desempregadas no país. Por um outro lado, o número de brasileiros que decidiu empreender durante esse período cresceu de forma expressiva e considerável. De janeiro a setembro deste ano, a quantidade de microempreendedores individuais (MEIs) aumentou 14,8% quando comparado com o mesmo período do ano anterior, chegando a 10,9 milhões de registros. Segundo dados do Portal do Empreendedor, mais de 1,1 milhão de formalizações foram feitas entre fevereiro e o fim de setembro.
Independente da pandemia, este crescimento do cenário empreendedor já era algo esperado segundo o relatório anual Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), realizado no Brasil com apoio do Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP). De acordo com a pesquisa, que acontece anualmente desde 2000, este ano o Brasil atingiria o maior patamar de empreendedores iniciais dos últimos 20 anos, com aproximadamente 25% da população adulta envolvida na abertura de um novo negócio ou com uma empresa em atividade de até 3,5 anos. A partir de uma análise histórica, os dados também apontaram que no Brasil o índice de empreendedores iniciais costuma crescer em períodos de recessão, como nos anos 2008 e 2009, e também 2014 e 2016.
Segundo dados do Sebrae, até o fim do mês de agosto, grande parte das vendas realizadas por pequenas e microempresas foram feitas através do ambiente digital, onde as redes sociais ganharam muito destaque neste sentido. A plataforma do Instagram, por exemplo, desenvolveu um recurso que permite que varejistas coloquem os links de seus produtos nas publicações do feed, além de incentivar a interação dos seus usuários com os comércios locais durante a pandemia.
Ainda que seja comum o país registrar alta no número de empreendimentos durante períodos de crise, abrir um novo negócio nem sempre é uma tarefa fácil. Se você pensa em investir em algo novo, ou realizar um sonho antigo, é importante desenvolver um bom planejamento estratégico para o seu negócio. Para isso, conte com a ajuda de profissionais especializados da área de Administração, que você pode encontrar na página ADM Perfil & Negócios do CRA-RJ. Na CRA-RJ Play, você também encontra diversos programas sobre empreendedorismo, intraempreendedorismo, inovação, dentre outros assuntos pertinentes ao tema. Para assistir, clique aqui.