Por Marcel Oliveira
Sob supervisão de Érika dos Anjos|

O Conselho Regional de Administração conversou com o Adm. Hallison Marques, coordenador da Comissão Especial de Recursos Hídricos e Saneamento Básico do CRA-RJ, e Miguel Alvarenga Fernández y Fernández, engenheiro e membro da comissão, sobre a questão do tratamento de águas e os dois anos da concessão da Águas do Rio.

Hallison iniciou sua avaliação abordando os desafios de falar das concessões.

“As concessionárias acabaram de chegar. Sabemos que a população tem necessidades urgentes, mas eles estão trabalhando, nós que somos do setor sabemos disso, é necessário dar tempo ao tempo”, dissertou o coordenador.

Miguel, por sua vez, começa falando da importância do saneamento e de sua pluralidade.

“É um assunto muito relevante pois impacta em todas as outras áreas, desde a parte de saúde pública, até a questão relacionada à melhoria das condições do meio ambiente, da qualidade de vida das pessoas. O saneamento é um tema relevante, plural e que nos une hoje”, salientou Fernández, que além de membro da comissão de Recursos Hídricos e Saneamento Básico do CRA-RJ é candidato à presidência do CREA-RJ, que avaliou as questões dos desafios enfrentados e pontuou os que ainda virão:

“Uma infraestrutura pesada como essa, costumo falar que é semelhante a um navio gigantesco, e quando ele começa a mudar de rumo leva tempo, até para começar a enxergar os reais resultados. […] É fundamental o controle social que a população e as instituições, que têm capacidade de fazer uma avaliação crítica, um acompanhamento crítico, como por exemplo, o Conselho de Administração em conjunto de outros Conselhos fiscalizem as concessões”, concluiu Alvarenga.

Ao ser questionado sobre como vê o planejamento da concessionária, Hallison analisa como o primeiro marco de um desenvolvimento previamente discutido.

“O Governo do Estado do Rio de Janeiro lançou os blocos de concessão, e as concessionárias estão  realizando o trabalho, elas seguem um plano de metas, porém, possivelmente, serão revisadas a cada janela de 4 ou 5 anos no sentido do que é possível fazer. Sabemos que existem reclamações pontuais, mas as operações estão acontecendo, ninguém espera que uma operação que envolve 12,16 milhões de pessoas ocorra sem nenhum problema, seria fugir da realidade”, explicou Marques, finalizando ao destacar a importância da junção de profissionais das diferentes áreas como os engenheiros, gestores técnicos e gestores comerciais:

“A junção de engenheiros e administradores dentro das empresas de saneamento é muito comum e muito importante, por isso cada vez mais nosso Conselho dá um passo importante e o Miguel faz esse movimento no sentido de buscar que o Conselho da profissão dele também venha a participar”, afirmou.

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