Por Érika dos Anjos |
A questão do câncer de mama é amplamente difundida entre as mulheres. No entanto, esta também é uma doença que pode atingir os homens. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2016, foram registrados 185 óbitos por câncer de mama na população masculina no Brasil. O risco de morrer por câncer de mama, entre homens, em 2016, foi de 0,2 óbitos por 100 mil homens. Apesar do número pequeno, é preciso ficar atento aos sintomas.
Número de óbitos por câncer de mama segundo sexo. Brasil, 2016
Homens não têm as mamas desenvolvidas, porém, tal como as mulheres, possuem tecido mamário e podem desenvolver câncer nessa região. O câncer de mama em homens é uma doença rara: apenas 1% de todos os cânceres de mama. Tomando como base essa proporção, o número estimado de incidência dessa neoplasia, para 2019, seria de aproximadamente 600 novos casos.
Alguns dos fatores de risco para o câncer de mama em homens são:
• Genes e história familiar, por exemplo, ter mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2 e ter parentes de primeiro ou segundo grau que tiveram câncer de mama;
• Condições que podem aumentar o nível de estrogênio no corpo, como obesidade, alcoolismo, síndrome de Klinefelter e doença hepática;
• Radioterapia prévia para a área do tórax.
Por ser raro, o câncer de mama em homens é menos estudado e normalmente abordado segundo as condutas preconizadas para as mulheres. A cirurgia mais comumente adotada é a mastectomia com esvaziamento axilar ou biópsia do linfonodo sentinela. Indicações para radioterapia, por estádio, são semelhantes ao câncer de mama feminino.