Ética, transparência e comprometimento foram temas do painel nacional “Liderança na nova era do comportamento ético e da transparência”,
Em uma breve apresentação, o Adm. Carlos Roberto relacionou a liderança a questões como gestão de pessoas e comprometimento. “Estudos revelam que uma liderança ética atinge os membros da equipe e age diretamente no compromisso e na motivação que eles terão em relação à empresa e às suas atividades”, afirmou o conselheiro. A primeira experiência retratada pela palestrante Gabriella Vieira Oliveira mostrou, na prática, a implantação de planos estratégicos em órgãos governamentais e a consequência para a sociedade. “Nossas ações não podiam burocratizar as relações políticas e a nossa atuação. Nós focamos em tornar nossos colaboradores mais motivados e apresentar nossas funções para a sociedade”, destacou a representante da Secretaria-geral da Presidência. Segundo Gabriella Vieira, ao tornar públicas as atividades da Secretaria-geral, a democracia tornar-se mais evidente. “Nós somos a ponte entre o governo e a sociedade, para isso montamos um mapa estratégico, onde ele comunica nossos objetivos. Desta forma, ao disponibilizarmos informações sobre o órgão, facilitamos o diálogo entre o Governo e a população”, avaliou. Em seguida, Juremir Machado indagou os participantes: “Será que estamos de fato em uma nova era de comportamento ético e transparência? Quais os indícios para isso? Ou será apenas um desejo?”. Segundo ele, a imprensa é um dos elementos que deveria ter uma relação ética com a política e o Governo de uma forma geral. “Há uma relação de sombra entre a mídia e a política. Deveria ser uma relação de transparência. Mas, como não é, essas práticas respingam na sociedade”, avaliou. Ainda falando sobre essa estrutura, Juremir Machado avaliou como posturas antiéticas a concentração dos meios de comunicação brasileiros e a prática da espionagem. Para concluir, o palestrante argumentou que essas práticas existem há décadas, em nosso país: “Em nome de uma suposta ética, falam sobre punir os dois lados. Mas os resistentes da ditadura foram os únicos punidos. Se não estão mais presos ou foram torturados, são processados. Os torturadores não sofreram punição alguma. Eu mesmo passo por torturadores, eles estão por aí. Cadê a transparência em relação a tudo isso? Cadê a ética para acertar as contas do passado do Brasil?” Encerrando as apresentações, Douglas Flinto abordou o comportamento ético nas organizações e a implementação de códigos de ética no cotidiano empresarial. “Os colaboradores só ouvem falar em práticas éticas quando entram na empresa, no dia a dia, ninguém mais toca no assunto”, afirmou. Para falar sobre as estratégias organizacionais, Douglas Flinto diferencia reputação e caráter: “Reputação é o que as pessoas dizem que você é. Caráter é o que você realmente é. Mas, você é o que você faz, e não o que você diz”, esclareceu. Em sua conclusão, Flinto fala sobre a importância de lecionar ética em cursos de nível superior. “As pessoas perderam a confiança nos negócios e os recém-formados estão sendo responsabilizados por isso. Ensinar ética nas graduações evitaria situações de crise em todo o mundo”, ponderou o conferencista. Saiba o que aconteceu nos três dias de XIII FIA e IX CMA,