A primeira Conferência Internacional do XIII Fórum Internacional de Administração e do IX Congresso Mundial de Administração, “Megatêndencias para o futuro: o que podemos fazer agora para o futuro da Administração e dos Negócios”, com John e Doris Naisbitt, debateu as relações econômicas mundiais no passado, no presente e no futuro. Participaram ainda do painel, os Adms. Rogério Bohn, Marco Aurélio Ferreira e Mauro Bellini.
Em sua apresentação, John Naisbitt falou sobre a reforma nas relações de comércio.
“Hoje, estamos vivendo a fusão no mundo dos negócios”, explicou. De acordo com o conferencista, a posição de dominação de nações ocidentais será substituída por “uma nova dinâmica mundial”.
Outro ponto destacado por ele foi o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos.
“O futuro norte-americano está se deteriorando, pois não podemos avaliar com certeza o que acontecerá nos próximos anos. Essa incerteza está deteriorando o setor econômico do país e as nações emergentes vão passar o PIB dos EUA, em breve”, avaliou John Naisbitt.
Ao abordar a questão econômica brasileira, o palestrante contou que o Brasil possui uma intensidade cultural muito elevada e isso deve ser um elemento diferencial em relação aos outros países.
“A relação com o esporte e com os movimentos culturais levam o povo a um amadurecimento social”, concluiu.
Doris Naisbitt avaliou as características sociais e financeiras de um parceiro econômico do Brasil: a China.
“Atualmente ela exerce grande influência em qualquer parte do mundo, mas há alguns anos atrás vivia situações de pobreza em algumas de suas cidades”, citou.
Em sua análise, Doris explicou que o desenvolvimento territorial só acontece quando a educação de qualidade faz parte da cultura do povo. “Esse movimento relacionado à melhoria educacional custa caro”, disse ela. Complementando a ideia, a conferencista afirmou que a falta de investimentos nessa área acaba fazendo com que empresas nacionais e multinacionais não tenham acesso a grandes talentos.
“As necessidades de cada indivíduo, em qualquer lugar do mundo, são as mesmas. Os chineses, assim como os brasileiros, buscam relacionamentos e empregos satisfatórios”, destaca Doris Naisbitt.
Segundo ela, os profissionais devem conhecer seus pontos fortes e suas habilidades e a partir daí, buscar oportunidades de trabalho e emprego em organizações que possuam diretrizes que possam ser combinados a essas características. “
Ser capaz de aprender e mudar podem ser fatores fundamentais para o destaque do indivíduo no mercado de trabalho”, explicou a palestrante.
Analisando ainda a questão da educação, Jonh Naisbitt falou sobre a relevância social dos cursos a distância.
“A educação superior online e os cursos gratuitos estão ao alcance de bilhões de pessoas que antes poderiam não ter acesso. Isso pode ser uma revolução no ensino superior e esse movimento resultará nos ambientes organizacionais, ao redor do mundo”, acrescentou.
Instigando a participação dos presentes, John indagou: “a pergunta que deixamos aos futuros e Administradores é: vamos ser dominados por figuras do passado, ou guiados por visões do futuro?”
Ao final do encontro, os debatedores puderam contribuir com novas ideias e contrapontos. Ferreira indagou sobre a possibilidade da China se tornar a maior potência econômica mundial.
“Apesar da política limitada do país, a economia tende a se desenvolver, apesar de dificuldades, como a poluição, por exemplo. Mas ela funciona como uma grande empresa, se adaptando aos novos cenários, para continuar em crescimento”, respondeu Doris.
Já o Adm. Mauro Bellini questionou a possibilidade de o povo chinês realizar uma revolução social. Em resposta, John Naisbitt explicou que o momento deles é delicado porque a mão de obra está sendo substituída por máquinas.
“O desemprego e a população estão aumentando consideravelmente e esse pode ser um fator favorável para que esse movimento popular aconteça”, destacou.
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