Por Gleici Monteiro
Sob orientação de Érika dos Anjos
Além da técnica, as habilidades interpessoais ou soft skills vêm conquistando espaço no ambiente de trabalho, sendo características bastante procuradas pelas organizações em seus colaboradores. O assunto foi a pauta principal do webinar “Soft Skills: da formação profissional à empresa”, promovido pela Comissão Especial da Mulher do CFA, em parceria com as Comissões Especiais da Mulher Administradora, Empreendedorismo e RH do CRA-RJ, na última quarta-feira (28).
As soft skills são caracterizadas como competências comportamentais de um indivíduo e que podem ser desenvolvidas ou aprimoradas ao longo da vida. Diferente das hard skills, habilidades técnicas que podem ser comprovadas através de diploma, as soft skills de um colaborador só poderão ser mensuradas no dia a dia do profissional na empresa. Por exemplo: alguém muito bom com as ferramentas operacionais, mas que não respeita os colegas e não tem comprometimento com as tarefas, por não ter suas soft skills bem evoluídas. Ele pode até ter a técnica desejável, mas não tem o comportamento necessário para se encaixar no perfil da empresa.
Segundo a Adm. Ana Maria de Carvalho, membro das Comissões Especiais de Empreendedorismo e Recursos Humanos do CRA-RJ e palestrante no evento, uma grosseria a um colega de trabalho ou chefe antes poderia ser vista como uma irritabilidade diária. Agora, ela ganha holofote e faz a empresa questionar se realmente precisa desse indivíduo no seu quadro de colaboradores. Ainda de acordo com a Administradora, as soft skills mais demandadas em 2021 são: o pensamento crítico, a comunicação verbal e escrita, liderança e comunicação assertiva, resiliência e trabalho colaborativo.
Além de explicar e exemplificar os conceitos sobre o tema, a convidada trouxe três dicas importantes para começar a desenvolver as habilidades comportamentais. A primeira delas é quanto ao mindset, ou seja, uma mudança de mentalidade, se colocando à disposição de novas ideias, métodos e ter resiliência no ambiente de trabalho; a segunda é criar, desenvolver e fortalecer uma boa rede de contatos, não apenas para pedir ajuda quando precisar de recolocação, mas também para trabalhar a comunicação; e a terceira é investir na educação continuada ao longo da carreira.
O evento, transmitido ao vivo pela CFAPlay, contou também com a participação da doutoranda em Ciência da Educação pela Universidade do Porto, Leila Ribeiro, que abordou o tema através de uma perspectiva educacional e crítica; e da Adm. Yara Guimarães, coordenadora da Comissão Especial da Mulher Administradora do CRA-RJ, que foi responsável pela moderação do debate.
O webinar está disponível na íntegra no canal do CFA do YouTube, o CFAPlay. Acesse e comece a trabalhar as suas habilidades comportamentais.