Durante a III Assembleia de presidente do Sistema CFA/CRAs, os participantes debateram a qualidade dos cursos tecnológicos e de graduação e a diminuição constante da carga horária. A presidente do CRA-MG, Adm. Sônia Ferraz levantou a questão da substituição de disciplinas presenciais por a distância e afirmou que os professores que ficam responsáveis por essas áreas não são Administradores. “Isso não é positivo para a formação dos nossos alunos”, afirmou.
Já o presidente do CRA-RO, Adm. André Luis Costa contou que as graduações mantém um sistema arcaico de ensino. Segundo ele, as disciplinas possuem grade curricular e material arcaicos. “Desta forma, o profissional chega ao mercado de trabalho com déficit de conteúdo”.
Cláudia Stadlober, presidente do CRA-RS, ponderou que todas essas questões são importantes, no entanto, as universidades devem formar profissionais criativos. “Hoje em dia, o papel do Administrador não é mais planejar, controlar, dirigir e controlar. Ele deve inovar dentro das empresas”, garantiu.
Voltando a discussão, Sônia Ferraz falou que a redução de exposições presenciais diminui o contato aluno-professor. “A troca com o professor é fundamental para preparar os graduandos para o mercado de trabalho”, apontou.
O presidente do CFA, Sebastião Mello, destacou que a função do Conselho Federal e dos Regionais de Administração é auxiliar de forma relevante na formação dos profissionais. “Podemos e temos condições de fazer mais e melhor nesse aspecto”, destacou.
Inserindo o Ministério da Educação e Cultura na questão, o presidente do CRA-BA, Adm. Roberto Ibrahim, contou que grupos internacionais têm adquirido várias instituições de nível superior. “Com esse movimento, as grades curriculares são estipuladas a partir dos requisitos mínimos do MEC”, disse.
A transformação da realidade foi destacada pelo Adm. Wagner Siqueira. “Não basta criticar, nós temos que denunciar para mudar essa situação”, instigou o presidente do CRA-RJ.