O Congresso Nacional aprovou o projeto de lei 437/2012, que regulamenta criação de empresas juniores dentro da universidades brasileiras. Embora a atividade seja desenvolvida no Brasil desde o final da década de 1980, ainda não havia lei específica sobre seu funcionamento. Assim, o objetivo da proposta é fortalecer a atividade, que promove a integração entre a teoria acadêmica e a prática do mercado de trabalho. Agora, o texto segue para apreciação da presidência da República.
Em entrevista para Rádio e TV CRA-RJ, a presidente da Federação das Empresas Juniores do Estado do Rio de Janeiro (RioJunor), a estudante de Administração Giovanna Loiola, falou sobre a medida. De acordo com ela, o grande benefício obtido é o aumento da relevância do trabalho desenvolvido pelos estudantes. Ela ainda reforçou que a iniciativa de promover o empreendedorismo dentro das faculdades corrobora a ideia de unir teoria e prática em prol da formação de bons profissionais.
“Esse projeto já vem sendo construído há algum tempo e acho que 2016 vai ser um ano muito relevante. Vamos realmente fazer história nesse sentido, porque haverá uma regulamentação para apoiar as empresas juniores. Então, a cada aprovação, a gente fica muito feliz”, declarou Loiola.
Para o vice-presidente de Educação, Estudos e Pesquisa do CRA-RJ, Adm. Miguel Marun, a medida demonstra a importância que este movimento tem.
“Eu só vejo com bons olhos, porque quando o instrumento de avaliação do Ministério da Educação cobrava a Empresa Junior algumas faculdades implantaram. Mas, a partir do momento que deixou de considerado como movimento de avaliação, elas foram retiradas [das faculdades] e isto tira o ganho do aprendizado junto com a prática”, disse Marun.
O conselheiro do CRA-RJ Adm. Marcelo Marujo acredita que há muitos benefícios relacionados à sanção do projeto. Entre eles, o fomento do crescimento econômico e social de comunidades locais, a competitividade de mercado e o maior aproveitamento do aprendizado teórico.
A Adm. Elizabeth Bastos, também conselheira do CRA-RJ, corrobora a visão de Marujo, mas acredita que ainda existem algumas coisas para serem revistas para seu pleno funcionamento.
“Eu sou favorável sim, mas é preciso que a Universidade repense o quesito carga horária, a locação de horas, quem serão os facilitadores ou os profissionais que vão orientar esses estudantes. São esses detalhes que farão com que se tenha realmente êxito”, defendeu Bastos.
Confira a entrevista completa na Rádio CRA-RJ e na TV CRA-RJ.