Continuando a série de publicações sobre o Jubileu de ouro do Conselho Regional de Administração do Rio de Janeiro, chegou a vez de falar das sedes por onde passou a instituição, antes da inauguração da atual, no bairro da Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro.
Logo após sua criação, em 17 de janeiro de 1968, o Conselho Regional de Técnicos de Administração da 7ª Região (CRTA) foi instalado e teve como sua primeira sede uma sala no Ministério do Trabalho do Rio de Janeiro.
Em 1981, a sede do CRTA passou a funcionar no Edifício Rodolpho de Paoli (na Avenida Nilo Peçanha, 50 Conjunto 1317, no Centro do Rio). A maior dificuldade encontrada nesta nova locação era a divisão dos setores. Segundo o superintendente do CRA-RJ, Adm. Leonardo Fuerth, os departamentos do Conselho funcionavam em andares distintos, intercalados por várias empresas. Desta maneira, os trabalhos internos e o atendimento aos profissionais naquele período eram mais complicados, não havendo integração entre os funcionários.
Durante a primeira gestão do Adm. Wagner Siqueira, a sede do Conselho foi transferida para um local que possibilitasse mais sinergia entre as áreas do órgão. Assim, em 1984, o CRTA 7ª Região passou a funcionar na Avenida Rio Branco 257, 11º andar. Todos os setores funcionavam no mesmo pavimento, exceto o Centro de Processamento de Dados (CPD) que permaneceu na Nilo Peçanha.
No novo imóvel, passaram a funcionar também os setores de Cobrança, Orientação Profissional, Cadastro/Arquivo (desmembrados do setor de Registro), Coordenação de Relações Universitárias e um grupo de datilografia que centralizava a Secretaria Executiva.
O prédio
Uma das ações mais importantes realizadas pela Adm. Gilda Nunes, presidente do CRA-RJ entre 1986 e 1996 – ano da sua morte -, foi promover a aquisição de imóvel próprio para o CRA-RJ no final da década de 1980, já que as sedes anteriores eram alugadas.
Percebendo a necessidade de eliminar os custos com aluguel e criar um ambiente que possibilitasse a ampliação dos setores do CRA-RJ, a presidente, juntamente com o plenário da época, iniciou uma pesquisa de locais à venda, quando foi comprada a propriedade atual do Conselho.
Naquela época havia apenas uma casa onde hoje é o Edifício Adm. Belmiro Siqueira, localizado à Rua Professor Gabizo 197 – Tijuca. Ela foi demolida para concretização do projeto do prédio. Todos os envolvidos estavam entusiasmados com a nova fase na qual o CRA-RJ entraria e a obras da nova sede foram iniciadas. Mas, em 1990, o Governo Federal fez o confisco das contas correntes e aplicações das empresas públicas e privadas. O Conselho, sem recursos financeiros, precisou adiar os trabalhos e a inauguração da Casa.
Durante alguns meses, a presidente do CRA-RJ, junto com os outros conselheiros, lutou para que os bens financeiros do Órgão fossem liberados. O motivo da batalha travada era óbvio: para levar a intenção até o fim, era preciso pagar fornecedores e prestadores de serviço. Por fim, a justiça decretou a extinção do “Plano Collor” e deu ao CRA-RJ a condição de finalizar a construção.
A inauguração do Edifício Belmiro Siqueira, sede das Casas do Administrador, foi em 1991. Ele já nasceu com os sete andares atuais. No início, nem todos os pisos foram ocupados, mas a visão da idealizadora era a de que mais demandas surgiriam e, por consequência, mais setores deveriam ser criados com o passar do tempo. As salas ociosas permitiriam, então, a expansão que se conhece atualmente.
Dezenas de Administradores, entre outros profissionais, estiveram presentes neste dia ímpar na história do CRA-RJ. A frase exposta na frente do prédio, no dia de sua inauguração, expressava a importância da Administradora Gilda Nunes para sua concretização: “Esta obra é fruto da obstinação da presidente Gilda Nunes – O reconhecimento do Plenário”.
O vídeo completo da inauguração da sede do CRA-RJ está disponível na CRA-RJ Play.