O painel “O mundo como um sistema vivo” foi apresentado pelo curador do Museu do Amanhã Luiz Alberto Oliveira e teve como presidente de mesa Nelson Savioli, diretor nacional de Recursos Humanos da Unilever Brasil.
Durante a palestra, Luiz Alberto descreveu a máquina como um dispositivo que serve para produzir e gerenciar um movimento e questionou se o mundo poderia ser considerado um sistema determinista, por apresentar uma causa e um efeito.
“Se o mundo é uma máquina, torna possível aspirarmos ao conhecimento completo sobre o mundo. Assim, o mistério passa a ser aquilo que ainda não foi analisado ou identificado. E se, de fato, o mundo e a natureza forem mecânicos e se as máquinas são deterministas, nós temos um problema, pois não pode haver inovação, porque é como se tudo já estivesse pré-determinado”, disse.
O painelista utilizou de parábolas para explicar que diferente das máquinas, onde tudo é determinado, em um formigueiro ou mundo cada nível permite o próximo, além disso, torna possível que o todo influencie a parte e a parte modifique o todo.
“O mundo visto como um sistema vivo é um mundo complexo. Ao desempenhar sua natureza é capaz de modificar o meio e ao interagir com ele, incorpora as mudanças. Essa capacidade de autorrenovação é impossível nas máquinas”, afirmou Luiz Alberto, que completou:
“A máquina não guarda marcas, já os indivíduos formam imagens do que é exterior e trazem essa imagem do mundo para dentro de si e essa é a base do pensamento, que não acontece quando somos pré-determinados”, finalizou.